Especialistas revisam evidências que condenaram 'serial killer de bebês' à prisão perpétua: 'Não encontramos assassinato'

  • 05/02/2025
(Foto: Reprodução)
Painel composto por 14 especialistas internacionais identificou falhas no hospital, mas indicou que enfermeira britânica Lucy Letby não teria matado sete bebês propositalmente. Enfermeira é condenada por matar sete bebês em hospital no Reino Unido Um painel de especialistas contestou as evidências médicas usadas para condenar a enfermeira britânica Lucy Letby pelo assassinato de sete recém-nascidos e pelas tentativas de matar outros sete. Uma revisão feita por profissionais foi divulgada nesta terça-feira (4). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O grupo não encontrou sinais de crime e concluiu que causas naturais ou maus cuidados médicos levaram à morte de cada um dos bebês, segundo o neonatologista Shoo Lee, do Canadá. “Em resumo, senhoras e senhores, não encontramos nenhum assassinato”, disse Lee em uma coletiva de imprensa em Londres. Letby, de 35 anos, cumpre várias penas de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional após ser condenada por assassinato e tentativa de assassinato. Ela trabalhou como enfermeira neonatal em um hospital da Inglaterra entre junho de 2015 e junho de 2016. O advogado de defesa de Letby, Mark McDonald, disse que agora há "evidências esmagadoras" de que a enfermeira foi condenada injustamente e está "presa pelo resto da vida por um crime que nunca aconteceu." “A razão pela qual Lucy Letby foi condenada foi por causa das evidências médicas apresentadas ao júri", disse McDonald. “E isso foi demolido hoje.” Letby foi derrotada em duas tentativas de apelar de sua condenação, mas a equipe jurídica da enfermeira pediu à Criminal Case Review Commission que examinassem o caso, o que poderia levar a uma nova tentativa de apelação. O Crown Prosecution Service não comentou as conclusões do novo painel médico. Os promotores haviam dito anteriormente que dois júris haviam condenado Letby e três juízes de apelação haviam rejeitado seus argumentos de que as evidências dos especialistas da acusação eram falhas. A Criminal Case Review Commission é um órgão independente que revisa casos de condenações injustas no Reino Unido. Já o Crown Prosecution Service é responsável por processar acusações criminais e representar o governo britânico nos tribunais. Ao longo do julgamento, Letby negou as acusações e disse que a culpa da morte havia sido das condições de higiene do hospital. Porém, a polícia diz ter encontrado em sua casa uma carta na qual ela admite os crimes e diz ter matado de propósito as crianças. LEIA TAMBÉM Serial killer de bebês: quem é Lucy Letby, enfermeira condenada por mortes com insulina e injeções de ar no Reino Unido Temendo perseguições, agentes do FBI processam governo dos EUA para barrar lista de investigadores do 6 de janeiro 'Sou imigrante ilegal nos EUA e trabalho para família que apoia Trump' A revisão Lucy Letby se tornou a maior assassina em série de bebês do Reino Unido nos tempos modernos SWNS via BBC O grupo de 14 especialistas internacionais em neonatologia e pediatria revisou os registros médicos de 17 bebês que Letby foi acusada de prejudicar. Os profissionais encontraram níveis inadequados de pessoal no hospital e vários outros problemas graves. Os especialistas identificaram que os profissionais médicos não tinham habilidades adequadas em ressuscitação e inserção de tubos respiratórios, não compreendiam alguns procedimentos básicos, diagnosticavam doenças incorretamente e agiam lentamente no tratamento de bebês gravemente doentes. “Eu diria que se este fosse um hospital no Canadá, ele seria fechado”, disse Lee. Esta foi a segunda coletiva de imprensa realizada para contestar as conclusões do Dr. Dewi Evans, que foi a principal testemunha especialista da acusação. Em uma coletiva de imprensa anterior, McDonald disse que Evans era uma testemunha pouco confiável, pois mudou sua conclusão sobre como três dos bebês morreram. Evans respondeu na época que as preocupações sobre suas evidências eram "não fundamentadas, infundadas e imprecisas." Os promotores disseram que Letby deixou poucas evidências quando matou bebês e, em alguns casos, injetou ar nas correntes sanguíneas ou estômagos deles, causando uma embolia. Mas Lee, que escreveu um artigo acadêmico em 1989 sobre embolia, disse que Evans interpretou mal suas conclusões. Evans diagnosticou os bebês com embolia de ar na ausência de outra causa de morte, disse Lee. Mas o médico afirmou que embolia é muito rara, e a descoloração da pele descrita no julgamento não era compatível com o que se observa em casos do tipo. “A ideia de que esses bebês podem ser diagnosticados com embolia de ar porque colapsaram e tiveram essas descolorações na pele não tem base na realidade”, disse Lee. No caso de um bebê que Letby foi acusada de superalimentar, o painel concluiu que a criança ficou doente devido a uma infecção viral e se recuperou uma semana depois receber antibióticos. Uma investigação pública separada sobre falhas no hospital deve ser concluída no próximo mês. Essa investigação não está examinando as evidências usadas para condenar Letby, mas visa responsabilizar a equipe e a administração da instituição. VÍDEOS: mais assistidos do g1

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/02/05/especialistas-revisam-evidencias-que-condenaram-serial-killer-de-bebes-a-prisao-perpetua-nao-encontramos-assassinato.ghtml


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